Se
você estuda ou já estudou inglês, talvez já tenha ouvido algum professor falar em
aula que pensar demais em português pode dificultar a fluência no idioma. Mas,
como não pensar primeiramente na língua nativa? É possível de fato formular
frases e pensamentos mentalmente em inglês?
O
hábito de querer registrar as informações em português para só depois passar
palavra por palavra para a língua inglesa é bem comum entre os estudantes, mas
pode prejudicar o processo de aprendizagem caso a obsessão pelas traduções
literais se tornem excessivas.
Se
o aluno se baseia somente em frases em português para tentar expressar suas
ideias, corre o risco de ficar refém de situações embaraçosas como a demora
para conseguir se fazer entender em outro idioma ou a possibilidade de
paralisar o discurso em determinado momento de sua fala em virtude do
desconhecimento ou mesmo inexistência de alguma tradução direta para aquilo que
se quer dizer.
Outra
desvantagem observada tanto em ambiente de sala de aula quanto em situações práticas
do cotidiano é a construção de frases que, embora construídas com palavras
cujos significados isolados são conhecidos, formam discursos que soam estranhos
aos nativos de língua inglesa, pois tais estruturas não são vistas com
frequência. Essas situações também deixam clara a noção de que o interlocutor
está pensando primeiramente em português.
E,
para finalizar essa breve exposição sobre os problemas de se pensar
demasiadamente em português no momento de falar e/ou escrever em qualquer outro
idioma, essa postura torna menos possível os recursos linguísticos
proporcionados pela aplicação de expressões e figuras de linguagem próprias do
idioma que está sendo falado.
Dicas
1)
Pensar
totalmente e diretamente no idioma estudado não é tão simples, pois requer
treino, esforço mental, disciplina e estudo contínuo. Mas é possível
desenvolver cada vez mais essa habilidade à medida em que se evolui na
compreensão do idioma e na confiança na capacidade de se fazer entender;
2)
Pergunte-se
frequentemente se já existe alguma expressão comum na língua praticada que
deixe claro aquilo que você quer expressar. Às vezes, certas estruturas de
frases do idioma já resumem bem determinados pensamentos e te poupam de
traduzir mentalmente palavra por palavra;
3)
Caso tenha iniciado o pensamento baseado em
tradução do português para o inglês e tenha paralisado em algum termo
específico cuja tradução você não conhece ou não se recorda, considere a
possibilidade de reiniciar a formulação da frase partindo de palavras e
expressões cujo significado em inglês você já conhece;
4)
Se
a forma de dizer algo parece ser extremamente difícil de ser explicada na outra
língua, tente simplificar a ideia principal de seu pensamento para deixar o
ouvinte/leitor ciente do que você pretende dizer/escrever. E, caso seja
necessário, na sequencia você também pode utilizar outras explicações para que
o assunto fique claro.
5)
Caso
não se sinta confiante para falar fluentemente sobre o assunto em questão, mas
precisa fazê-lo, foque nas palavras-chave do contexto da conversa e por meio
delas vá se fazendo entender sempre pensando nas formas mais simples de dizer
aquilo que pretende transmitir, sem se perder por construções verbais que não
são de seu domínio. Antes ser entendido em um discurso simples, do que mal
compreendido devido à tentativa de parecer mais fluente do que de fato é.
t
Thinking in English
If you study
or if you had already studied English, maybe you have already listened some
professor saying in their classes that thinking too much in Portuguese can make
the fluency a difficult objective in a idiom. But, how can we avoid thinking
firstly in our native language? Is it really possible to construct sentences
and thoughts mentally in English?
The habit of
wanting to register the information in Portuguese and just later translating
word by word to the English language is very common among the students, but can
cause problems in the learning process if the obsession with the literal
translation become excessive.
If the
student uses the Portuguese as a main base to express his/her ideas, there is a
risk of living embarrassing situations like spending too much time to be
understood in another idiom. It can also happen the possibility of stopping the
sentence in a specific moment of the speech en reason of the lack of knowledge
or even the inexistence of some direct translations for what you are trying to
say.
Another
disadvantage observed in the classroom and in practical situations of our day
by day is the construction of phrases that sound strange to the native speakers
of English language, despite the sentences are made by known words. This
situations also make clear the notion that the person is thinking firstly in
Portuguese.
And, to
finalize this brief exposition about the problems of thinking too much in
Portuguese when you are speaking or writing something in any other language,
this kind of “addiction” makes less viable the linguistics tools offered by the
application of natural expressions from the idiom that is being spoken.
Tips
1) Thinking
totally and directly with the idiom studied isn’t so simple, because it’s
needed practice, mental strength, discipline and continuous studies. But it’s
possible to increase this ability as you develop your comprehension of the
idiom and confidence on your own capacity of being understood;
2) Ask
yourself frequently if there is a common expression in English to make clear
what you want to express. Sometimes some sentence structures of the language
already can sum up specific thoughts and can avoid translating mentally word by
word;
3) In
case of starting your thoughts based in the translating from Portuguese to
English and stopping in some specific term whose translation you don’t know or
you don’t remember, consider the possibility of restart the sentence structure
with words and expressions whose meaning you already know in English;
4) If
the manner of saying something in English seems to be extremely difficult, try
to simplify the main idea of your thought to let the listener/reader know about
what you are supposed to say/write. And, if it’s necessary, you can also use
other explications to clarify the subject.
5)
If you are not confident to talk fluently about the
subject, but you need to do it, focus on
the keywords of the conversation and help your listener/reader
understand you by using the most simple ways to say the things you want to
transmit. It’s better to be understood with a simple speech than to be badly or
wrongly comprehended just trying to be more fluent than you really are.