19 de dez. de 2017

Eles estão falando grego?



         -  Excuse-se, we need to go to this Hotel. How much is it?
         -  Thirty-eight euros
        -  Fifty- eight euros?
         - Thirty-eight
          - Fifty-eight?
          - Thirty – eight!!! (apontando para o cartaz com o preço)
         -  Ohh, sorry, thanks. (um pouco sem graça)


Essas foram as primeiras palavras em inglês que troquei em território grego e foi com um taxista. A sensação não podia ser outra senão a de que naquele local o meu conhecimento de inglês talvez não fosse o suficiente para me comunicar. A confiança já não era a mesma de antes da saída do Brasil, mas isso seria também um fato positivo como veria posteriormente.

Quando se aprende a língua inglesa em cursos de idiomas ouve-se falar em diferenças de sotaques e até mesmo se escuta alguns exemplos, mas é somente estando presente em territórios cujo inglês não é língua oficial e cujo idioma nativo é impossível de compreender como é o caso do grego que se sente na pele a necessidade de ficar bem atento ao que lhe dizem. 

Com o tempo, o estranhamento com o sotaque diminui e um pouco da confiança é restabelecida, mas acaba sendo uma boa lição de humildade e de compreensão de que a comunicação e o entendimento dos seres humanos dependem de ambas as partes, tanto de quem fala quanto de quem ouve. E que o domínio de um idioma passa sim pelos livros e aulas feitas, mas extrapola isso, pois a língua é algo vivo e é construída pelos próprios falantes ao redor do mundo. A melhor maneira de reconhecer isso é mesmo pegando as malas e sair por ai... 

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