Há quase sempre um
momento da aula em que o professor já espera as reclamações dos alunos e as
perguntas sobre a verdadeira necessidade de se estudar esses tópicos às vezes
menos dinâmicos do que outros. Refiro-me à GRAMÁTICA,
tão evitada e odiada por muitos estudantes de idiomas estrangeiros e até mesmo
da própria língua nativa. E será mesmo importante entrar nos detalhes de regras
especificas da gramática de cada língua? E se o meu objetivo for apenas me
comunicar razoavelmente bem em outro idioma? E se, quanto mais eu ver a
gramática e seus nomes complicados, mais eu me complicar? Essas e outras
perguntas vão conduzir nossa discussão e pretendo pelo menos mostrar alguns
pontos importantes do estudo da gramática de um idioma, sela ele qual for.
Um primeiro argumento
favorável ao estudo da gramática é considerá-la como ferramenta para falar e compreender bem qualquer idioma. Por
mais que a pressa do dia-a-dia possa nos forçar a conversas rápidas e resumidas
ou o contexto em que o diálogo acontece já me auxilie na interpretação das
palavras, um bom domínio gramatical pode evitar mal-entendidos e confusões
indesejadas quando moramos em outro país
ou quando apenas estamos a passeio.
Além disso, um grande
diferencial entre quem fala/entende (ou “se vira” em) um idioma e quem de fato
domina outra língua é exatamente o conhecimento gramatical que ajuda desde a
elaboração de textos escritos mais bem estruturados até a possibilidade de melhores
argumentações verbais.
Confesso que não
considero a parte mais interessante ou empolgante do estudo de um idioma, mas o
conhecimento de gramática está (e deve estar) ligado a um objetivo posterior,
caso contrário realmente seria desanimador mergulhar em inúmeros regras gramaticais
sem ver nisso algum efeito prático para o bom aprendizado de qualquer idioma.